Travessia

Uma via e uma série de reclamações

Pessoas que transitam pela Domingos de Almeida reclamam dos veículos em alta velocidade

Carlos Queiroz -

Os moradores e as pessoas que diariamente usam trechos da avenida Domingos de Almeida, em Pelotas estão convivendo com o constante medo dos veículos em alta velocidade que trafegam pela via. O perigo se dá tanto pelos carros que não param nas faixas de segurança, que ontem inclusive receberam reforço na pintura, como pela falta de um redutor de velocidade que, antes das obras de requalificação, estava localizado próximo ao Instituto de Menores Dom Antônio Zattera. Com as reformas, o quebra-molas precisou ser retirado. A Secretaria Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) afirma que um novo redutor deve ser instalado após a entrega das obras.

“É muito perigoso”, afirma Elza Bartz, 59, moradora há 29 anos da Domingos de Almeida. É quase consenso entre os que transitam pela via diariamente. Ela lembra que a situação era melhor quando havia o redutor de velocidade. Mas o desrespeito por parte dos condutores sempre esteve presente. “Eles não param na faixa. Nós que temos que ficar esperando que eles parem”, reclama. A avenida possui em toda a extensão faixas de segurança e a velocidade permitida está sinalizada, tanto em placas como pintada no asfalto. A velocidade em alguns trechos passa de 40 quilômetros por hora para 60 quilômetros, o máximo permitido.

Em frente ao Instituto de Menores, uma faixa de segurança sinaliza a preferência ao pedestre. Contudo, é pouco respeitada pelos condutores. A coordenadora da escola, Patrícia Frank, explica que o medo dos acidentes é frequente, principalmente nos horários de pico. “É um fluxo muito grande de crianças e eles não respeitam. Somos uma escola como qualquer outra”, relata. Cerca de 200 crianças e adolescentes entre seis e 16 anos frequentam o educandário, que oferece oficinas de teatro, dança, música, língua estrangeira e reforço escolar.

Há mais de dois meses a escola entrou com um pedido para que a lombada raspada durante as reformas seja reconstruída. De lá para cá, dois pedidos já foram feitos à SMTT. O secretário da pasta, Flávio Al Alam, explica que o quebra-molas foi retirado no decorrer das obras de requalificação da avenida. Como não estava previsto no contrato seguido pela empresa MAC Engenharia, o redutor foi retirado e só será reconstruído quando a obra for entregue. “Eles não podem incluir um serviço que não estava no projeto”, explica Al Alam.

A nova ação para recolocação do redutor de velocidade quase em frente ao Instituto de Menores já foi autorizada pela SMTT, e ficará a cargo da Secretaria de Obras e Pavimentação. Para que ocorra, uma empresa precisa vencer o processo licitatório, que será aberto após concluída a requalificação, garante o secretario de Transporte e Trânsito.

O trecho entre a avenida São Francisco de Paula e a rua Comendador Rafael Mazza passou por vistorias da Caixa Econômica Federal e está em reparos. A previsão é que estes sejam entregues ainda em outubro. O valor investido somente na Domingos de Almeida é de R$ 10,2 milhões.

Assim como a requalificação das avenidas Juscelino Kubitschek de Oliveira e Duque de Caxias, as reformas na principal artéria do bairro Areal fazem parte de um contrato firmado em 2016, com custos superiores a R$ 34 milhões. A vigência do contrato se encerra no mês de dezembro. A expectativa do secretario de Planejamento e Gestão, Roberto Ramalho, é que as obras das três avenidas sejam entregues até o final do ano.

Carregando matéria

Conteúdo exclusivo!

Somente assinantes podem visualizar este conteúdo

clique aqui para verificar os planos disponíveis

Já sou assinante

clique aqui para efetuar o login

Confira as vagas do Sine Pelotas para esta segunda-feira Anterior

Confira as vagas do Sine Pelotas para esta segunda-feira

Transformando boa ação em prevenção Próximo

Transformando boa ação em prevenção

Deixe seu comentário